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06 04 pep noticia covid19energiaO surto do novo coronavírus (COVID-19) tem causado instabilidades à economia mundial e mudanças significativas nos padrões de consumo e nos níveis de produção. Isso tem impacto direto sobre a demanda de energia e sobre a pegada de carbono, pelo menos no curto prazo, dos países. Naturalmente, estes efeitos não se dão de forma homogênea sobre a população, variando de acordo com a renda, gênero, vínculo empregatício e natureza do trabalho, além de outros aspectos ligados à urbanização e ao acesso a serviços básicos essenciais.

Ainda é cedo para predizer a intensidade e a duração destes impactos, mas uma coisa é certa: a pandemia do COVID-19 tem potencial de alterar estruturalmente nossas relações pessoais e profissionais. Este artigo busca discutir estes aspectos sob a ótica da demanda de energia e dos impactos sociais, trazendo recomendações de políticas de curto e médio prazos para a contenção da crise, além de debater algumas lições a serem aprendidas a partir deste momento único que vivemos.

O Observatório “Earth” da NASA vem destacando a redução acentuada das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e poluentes, principalmente na China e na Itália. No entanto, o que pode ser encarado de maneira positiva sob o ponto de vista ambiental esconde, na verdade, uma série de aspectos com significativo potencial negativo desde a perspectiva socioeconômica.

Por trás da notável redução de emissões, encontra-se um preocupante quadro de paralisação nas atividades produtivas que pode levar estas economias à desaceleração (ou mesmo recessão). Por exemplo, segundo relatório do Carbon Brief, a redução de 25% nas emissões da China em fevereiro, em comparação com o mesmo período de 2019, pode ser diretamente relacionada à queda de 15% a 40% na produção de seus principais setores industriais neste mesmo período. As medidas de isolamento social que vêm sendo adotadas com o objetivo de conter o novo coronavírus têm colaborado, na prática, para o arrefecimento do consumo das famílias.

Em outros países em desenvolvimento, sem o poder econômico e geopolítico da economia chinesa, os impactos socioeconômicos da crise ocasionada pelo COVID-19 podem ser ainda mais cruéis. Nesse contexto, o Brasil é um caso emblemático a ser analisado, por se tratar de um país continental com alta desigualdade na distribuição de renda, grandes disparidades socioeconômicas regionais, com elevado número de trabalhadores autônomos informais, além de apresentar carências estruturais nas áreas de saneamento básico, saúde e educação. Tal realidade se torna ainda mais grave ao se analisar as especificidades regionais em termos de condições socioeconômicas e (in)acesso à energia.

Clique AQUI para conferir o artigo na íntegra.

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